Hoje a minha postagem é apenas uma transcrição de dois textos que li há pouco. O primeiro, do livro Pensar bem nos faz bem!, de Mário Sérgio Cortella, editora Vozes; o segundo, do livro Einstein para distraídos, de Allan Percy, editora Sextante.
O objetivo desta sugestão de leitura é para que você tenha um momento de reflexão a respeito do tema "Conhecimento ∕ aprendizagem". Portanto, tire o máximo de proveito para a sua vida.
O que eu desconheço
Clarice Lispector, ucraniana que viveu no Brasil, foi uma das pessoas mais inteligentes na produção da literatura, da educação e da arte dentro da nossa história. Em um de seus textos, disse: "aquilo que eu ignoro é minha melhor parte".
Aquilo que ainda não sei, aquilo que eu desconheço é o melhor de mim. Não porque a ignorância precise ser elevada a um patamar superior, mas quando Clarice Lispector nos lembra isso, mostra que aquilo que eu ainda não sei é o meu território de renovação, de reinvenção, de crescimento, aquilo que me tira do "mesmo", que me impede de ficar repetitivo.
O que eu ainda não sei revigora as possibilidades dos degraus futuros de conhecimento, à medida em que alarga as minhas fronteiras de saber e indica um horizonte que pode ser vislumbrado e desejado.
Saber que não sabe muita coisa, saber que desconhece muita coisa ajuda a querer buscar esse conhecimento. E esse é um caminho que não termina, segue adiante na sua história, na sua formação, na sua educação permanente.
É necessário valorizar o que se desconhece, como lembrou Clarice Lispector.
Se A é o sucesso, então A = X + Y + Z,
onde X é trabalho, Y é lazer e
Z é manter a boca fechada.
Existem cursos e workshops para aprender a falar corretamente e de maneira eficaz, mas em lugar nenhum nos ensinam a manter a boca fechada quando deveríamos.
Falar o necessário, medir as palavras e, em muitas situações, saber ficar calado fazem parte da fórmula do sucesso que Albert Einstein deu a um de seus alunos.
Economizar palavras é um ensinamento muito valioso tanto para relações pessoais quanto para o mundo corporativo. Pessoas empáticas sabem escutar e observar, e só falam quando necessário e benéfico.
Aprendemos mais prestando atenção do que falando. Na verdade, muitos problemas não são resolvidos porque o ego nos leva a acreditar que temos razão e não consideramos o ponto de vista do outro.
Confira alguns conselhos para aprender a se calar:
- Se o que vai dizer não acrescentará nada nem vai ser positivo, abstenha-se de abrir a boca (ou, hoje em dia, de escrever uma mensagem ou um comentário).
- Se você não sabe se o que vai dizer tem valor positivo, fique calado. Os japoneses recomendam: "O que quer que precise dizer, diga amanhã."
- Quando estiver procurando a solução, escute primeiro.
- Em uma discussão, respire profundamente e pense antes de falar.
- Para se comunicar melhor, aumente o tempo entre perguntas e respostas.
- Sorria e mantenha a calma mesmo que a conversa suba de tom.
- Não pense no que responderá enquanto o outro ainda estiver falando. Ouça tudo o que ele tem a dizer primeiro.
- Espere que alguém lhe pergunte algo e não monopolize a conversa.